Autismo

O que é Hipossensibilidade no Autismo?


A hipossensibilidade no autismo refere-se a uma das características sensoriais que algumas pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem apresentar.

Também conhecida como hipo responsividade sensorial ou baixa sensibilidade, a hipossensibilidade envolve uma diminuição da resposta ou sensibilidade aos estímulos sensoriais do ambiente.

Isso significa que pessoas com hipossensibilidade podem ter uma dificuldade em processar e responder adequadamente a estímulos sensoriais como som, luz, tato, cheiro, sabor e movimento. Elas podem precisar de estímulos mais intensos ou prolongados para percebê-los adequadamente, ou podem não percebê-los completamente.

Alguns exemplos de comportamentos associados à hipossensibilidade incluem não reagir ao toque leve, não se incomodar com barulhos altos, buscar estímulos sensoriais intensos (como balançar o corpo repetidamente), não perceber a dor ou não responder a estímulos térmicos.

É importante ressaltar que nem todas as pessoas no espectro autista apresentam hipossensibilidade e que a sensibilidade sensorial pode variar de pessoa para pessoa.

Alguns indivíduos, ao contrário, podem apresentar hipersensibilidade, ou seja, uma maior sensibilidade aos estímulos sensoriais.

O Tratamento

O tratamento para a hipossensibilidade no autismo é baseado nas necessidades individuais de cada pessoa. No entanto citamos aqui algumas abordagens e estratégias que são utilizadas em alguns casos:

  1. Terapia ocupacional: A terapia ocupacional pode ser benéfica para pessoas com hipossensibilidade, pois os terapeutas podem ajudar a desenvolver estratégias para lidar com os desafios sensoriais. Isso pode envolver a introdução gradual de estímulos sensoriais, a utilização de técnicas de integração sensorial e o desenvolvimento de habilidades de regulação sensorial.
  2. Intervenção sensorial: A intervenção sensorial envolve a exposição controlada e estruturada a estímulos sensoriais para ajudar a aumentar a sensibilidade e a resposta adequada a eles. Isso pode incluir atividades que estimulem os sentidos, como brincar com diferentes texturas, explorar diferentes sons ou experimentar diferentes temperaturas.
  3. Estratégias de regulação sensorial: É útil ensinar estratégias de regulação sensorial para ajudar as pessoas a lidar com a hipossensibilidade. Isso pode envolver a utilização de técnicas de auto-regulação, como exercícios de respiração profunda, técnicas de relaxamento ou uso de ferramentas sensoriais, como peso, compressão ou estimulação tátil.
  4. Adaptação do ambiente: Fazer adaptações no ambiente também pode ser útil. Isso pode incluir o ajuste da iluminação, redução de ruídos excessivos, fornecimento de áreas de descanso ou retirada rápida em situações sensoriais intensas.
  5. Abordagem individualizada: É importante lembrar que cada pessoa no espectro autista é única, portanto, o tratamento deve ser individualizado. Trabalhar em conjunto com profissionais especializados, como terapeutas ocupacionais, psicólogos ou médicos, pode ajudar a criar um plano de tratamento personalizado e eficaz.

É importante a orientação quanto a necessidade de buscar a orientação de profissionais especializados para identificar as necessidades específicas da pessoa e determinar as melhores abordagens de tratamento.

Cada indivíduo com autismo é único, e o tratamento deve ser adaptado para atender às suas necessidades individuais.