Glutamina: o que é, para que serve e quando suplementar?
Descoberta em 1883 pelo cientista alemão Ernst Schulze, que a isolou a partir da proteína da caseína do leite, a glutamina tem sido desde então, objeto de muitos estudos científicos, que revelaram suas múltiplas funções no organismo humano.
Atualmente, a glutamina é amplamente utilizada como suplemento alimentar em diversos contextos, como na prática de atividade física intensa, em dietas restritivas e em condições de estresse metabólico, no entanto, seu uso como suplemento ainda é objeto de muita pesquisa e debate na comunidade científica.
A glutamina é um aminoácido não essencial que é encontrado em grandes quantidades no nosso corpo. É um dos vinte aminoácidos que formam as proteínas, e é sintetizado pelo organismo a partir de outros aminoácidos.
Ela é importante para o funcionamento do sistema imunológico, a manutenção da saúde intestinal e para a síntese de proteínas no corpo. Além disso, a glutamina também é utilizada como fonte de energia para as células do sistema imunológico e do trato gastrointestinal.
A glutamina é encontrada em diversos alimentos, como carne vermelha, frango, peixe, ovos, leite e derivados, leguminosas e frutas e verduras. E a sua suplementação pode ser recomendada em alguns casos, como em situações de estresse físico ou emocional intenso, ou para pessoas com doenças intestinais inflamatórias.
Efeitos colaterais
A glutamina é geralmente considerada segura quando usada em doses recomendadas. No entanto, em alguns casos, podem ocorrer efeitos colaterais leves, como náusea, dor abdominal, diarréia e flatulência.
Além disso, em doses muito altas, a suplementação de glutamina pode causar efeitos colaterais mais graves, como dor de cabeça, tontura, fadiga, perda de apetite, desidratação e diminuição da função renal. Pessoas com problemas hepáticos, renais ou com hipersensibilidade à glutamina devem evitar o seu uso.
A glutamina pode interagir com alguns medicamentos, como a ciclofosfamida, que é um medicamento utilizado no tratamento do câncer, e com a terapia imunossupressora, que é utilizada em pacientes transplantados para evitar a rejeição do órgão transplantado. Por isso, é importante que a suplementação de glutamina seja realizada sob orientação e acompanhamento médico. É importante lembrar que a suplementação de glutamina não é recomendada para todos, e que uma alimentação equilibrada e variada pode fornecer quantidades adequadas deste aminoácido.